No dia 29 de novembro de 2024, uma importante medida foi aprovada na Câmara dos Deputados: o projeto de lei que proíbe a importação de resíduos sólidos, como plástico, papel, vidro e metal, com o objetivo de fortalecer a reciclagem no Brasil. Essa decisão marca um avanço significativo para o país na busca por soluções mais sustentáveis e responsáveis no gerenciamento de resíduos.
Nos últimos dez anos, o Brasil importou 56 milhões de toneladas de resíduos provenientes de outras nações, muitas vezes de países com infraestruturas precárias para o descarte adequado. O projeto, aprovado pelo deputado Célio Silveira (MDB-GO), visa, portanto, evitar que o Brasil se torne um depósito de lixo estrangeiro e buscar alternativas sustentáveis para o tratamento de resíduos no território nacional.
A medida proíbe a entrada de uma série de materiais recicláveis, ampliando as restrições da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Essa mudança, ao invés de apenas combater a importação de resíduos perigosos, visa reduzir a dependência do Brasil em relação a materiais recicláveis de outros países e fortalecer o mercado interno de reciclagem.
A economia circular, conceito que prioriza o reaproveitamento de materiais na cadeia produtiva, se torna o principal foco dessa mudança, trazendo benefícios tanto para o meio ambiente quanto para a economia. Especialistas destacam que a medida também pode ser um impulso para a geração de empregos no setor de reciclagem e para o desenvolvimento de tecnologias mais avançadas para o tratamento de resíduos.
Apesar da importância da medida, especialistas afirmam que o Brasil ainda enfrenta grandes desafios na gestão de resíduos. A coleta seletiva no país é deficitária em diversas regiões, o que dificulta a separação adequada dos materiais recicláveis. É essencial expandir essa prática, incentivando tanto a população quanto às empresas a adotarem a logística reversa – conceito que responsabiliza as empresas pelo descarte correto dos produtos que fabricam.
Além disso, a compostagem é apontada como uma alternativa promissora para o tratamento de resíduos orgânicos, que representam quase 50% do lixo doméstico. A ideia é promover a redução, reutilização e reciclagem de materiais por meio de práticas mais sustentáveis e acessíveis.
Estamos, todos, em uma jornada de mudança e evolução no manejo dos nossos resíduos. É imprescindível que cada um de nós assuma sua responsabilidade em reduzir, reutilizar e reciclar, e a Recicla tem o compromisso de apoiar e disseminar esses conceitos.
Com a aprovação dessa lei, o Brasil dá um passo importante para se tornar uma referência global em práticas sustentáveis e gestão eficiente de resíduos, e a Recicla continua comprometida com essa transformação.
Fonte: JP News
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