VIDRO X PLÁSTICO: O ULTIMATO
A discussão sobre o uso do plástico e formas para reduzi-lo sempre entram na pauta ambiental. No entanto, com o avanço da tecnologia, essa discussão ganhou força no ambiente virtual e muitas possíveis soluções começaram a surgir. Mas, mesmo assim, ainda não conseguimos chegar a uma solução definitiva.
Uma das soluções apontadas é a substituição do plástico pelo vidro. O seu uso, de forma geral, como recipiente para armazenamento não é novidade, pois ao longo da história da humanidade a sua durabilidade e funcionalidade já foram testadas e comprovadas. Por ser um material versátil e reutilizável, o vidro caiu na graça do povo sem precisar de muito esforço. Hoje ele possui muitas funções para além do armazenamento, podendo até ser utilizado como condutor de Internet. A sua credibilidade é tamanha, tanto que a ONU designou 2022 como Ano Internacional do Vidro, devido a sua essencialidade para o desenvolvimento científico e cultural.
Mesmo diante de seus benefícios, como ser um material que pode ser reciclado infinitamente sem prejudicar sua qualidade, pureza ou durabilidade, precisamos nos questionar se a adesão ao vidro em detrimento ao uso do plástico é mesmo a opção mais sustentável. Apesar do plástico não ser infinitamente reciclável, em comparação com o vidro, o seu processo de fabricação consome menos energia, uma vez que seu ponto de fusão é mais baixo do que o do vidro. Dessa forma, podemos perceber que nos apoiarmos no pressuposto de que o vidro é sustentável apenas porque é infinitamente reciclável é uma atitude precipitada.
Analisando o ciclo de produção do vidro podemos notar que ele pode ser tão prejudicial ao meio ambiente quanto o plástico, e que os mesmos cuidados de descarte com o plástico também servem para ele. Sendo assim, percebemos que não há soluções rápidas ou prontas que
garantam a salvação imediata do meio ambiente. Precisamos, todos os dias, buscar novas formas de diminuir o impacto negativo que os nossos hábitos de consumo podem causar. Portanto, não se trata de escolher entre o vidro e o plástico, mas sim, sobre escolhermos todos os dias preservar o hoje da maneira mais responsável possível, para assim garantirmos o amanhã.

